
Foto: Peter D. Thomas |
Juan Dal Maso |
Os motivos para este sucesso são vários. Em primeiro lugar, um certo
“vácuo” teórico concernente às estratégias da esquerda, entendida esta em
sentido amplo. Em uma situação de relativa ascensão das coligações da esquerda
reformista, passado o momento das “ilusões sociais” que expressou a moda
autonomista, as elaborações de Thomas oferecem hipóteses de reconstrução do
marxismo pela via de um resgate do pensamento de Gramcsi, com afinidades em
direção aos novos movimentos surgidos nos último anos: Ocuppy Wall Street, a Primavera Árabe e movimentos anticapitalistas
em geral, e ao tentar retomar a questão “político-estratégica”.
Através de sua leitura de Gramcsi, Thomas postula um
pensamento alternativo ao “pós-marxismo” que terminou transformado em uma base
ideológica de distintas variantes de projetos “populistas” - sobretudo nos
governos que na América Latina conhecidos como “pós-neoliberais” - e também em
uma situação de decadência, postulando a seu modo também a questão da
centralidade operária, sem cair no “obrerismo” temido ao máximo pela esquerda
britânica e francesa.